Tema 2: Fluxos de Informação

Tema 2: Fluxos de Informação

Fluxos de Informação

                As novas tecnologias da informação incluem o conjunto de meios de comunicar provenientes das áreas das telecomunicações, do audiovisual e da informática.

Possibilitam:

                A ligação do mundo em rede e aumentaram a capacidade da sociedade processar a informação. A informação tornou-se importante ao normal desenrolar da actividade económica e da vida social e passou a estar disponível em tempo real.

Permitiram:

                O maior e mais rápido acesso à informação, tendo contribuído para que as populações passassem a conhecer outras realidades e a apresentar níveis de aspiração diferentes do passado.

Contribuiu :

                Para alterar as expectativas das populações quanto à melhoria das suas condições de vida.

Permitiram às empresas:

                Adoptarem a sua oferta às necessidades específicas dos seus clientes, através do rápido tratamento da informação recolhida junto do consumidor. Os sistemas de interacção com o consumidor possibilitam às empresas à correcção da sua estratégia de produção e/ou marketing.

                Com o desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação permite-nos falar de sociedade de informação e sociedade de conhecimento.

  • Sociedade de informação: surge com o conjunto dos meios que permitem o acesso e a organização da informação. É baseado na existência de uma rede para a circulação da informação.
  • Sociedade de conhecimento: representa a posse de conhecimento e requer a existência de capital intangível (educação, formação profissional, investigação e desenvolvimento). O capital humano torna-se progressivamente mais importante do que o capital físico.

Desenvolvimento das NTIC

  • Sociedade de informação;
  • Sociedade de conhecimento.

Avanço tecnológico e a construção da sociedade do conhecimento

Gerem novas formas de exclusão

 

Nas novas sociedades actuais

  • Em desenvolvimento
  • Desenvolvidos

Indivíduos info-excluídos (não dispõem dos conhecimentos necessários à utilização das NTIC)

  • Crescente tercialização da economia;
  • Crescimento do comércio electrónico;
  • Criação de mercados mais transparentes, como o resultado da liberdade de circulação de informação.

Nova forma de actuação dos mercados

Decresceu:

                A importância da indústria e ganharam importância os serviços com desenvolvimento das novas tecnologias da informação e da comunicação e a ligação em rede dos diferentes mercados.

Ex: Google

Verificamos assim que a emergência da sociedade de informação e da comunicação possibilitou o aparecimento de novos bens e de novos mercados dotados de regras particulares, criando bases para o desenvolvimento da Nova Economia.

Nova economia: representada pelo conjunto das empresas que operam na área das tecnologias, exigindo uma formação diferente aos trabalhadores; progressivamente, o trabalho manual é substituído pelo trabalho intelectual. A economia contrapõe-se a velha.

Globalização de mercados

A construção da globalização proporcionou a progressiva intensificação das relações comerciais e o aparecimento de novas formas de organização do processo produtivo. Com a implementação das empresas transnacionais, verificamos que:

  • Os bens, em resultado da fragmentação do processo produtivo, não são, efectivamente produzidos na totalidade num país, a designação “made in” encobre várias proveniências em termos de produção;
  • A situação da balança de mercadorias acaba por ser pouco elucidativa da situação do comércio externo dos países, dada a influência crescente das transnacionais, que importam em longa escala matérias-primas e produtos semitransformados para os incorporarem nos processos produtivos, e posteriormente, voltarem a exportar.

Podemos afirmar que existem mercados globais abastecidos por empresas mundiais?

                Na globalização intervêm as empresas transnacionais, que vão operar mudança na sociedade através:

  • Da gestão transnacional da produção (um centro de decisão e um processo produtivo fragmentado);
  • Do comércio interno cativo ou fechado (parte significativa do comércio mundial é realizada entre empresas da mesma transnacional em resposta à fragmentação do processo produtivo);
  • Do aparecimento dos produtos globais (uma moda à escala do planeta contribui para uniformizar hábitos e gostos criando uma cultura global).

As empresas transnacionais são firmas sem nacionalidade devido à origem do seu capital (proveniente de variados países, dispersos por vários accionistas) e à utilização de trabalhadores de diferentes países (múltiplos países portadores de culturas distintas).

        As empresas transnacionais oferecem para venda bens e serviços padronizados, que comercializam por todo o mundo e são o resultado do conjunto de produções e de serviços geograficamente distintas.

As empresas transnacionais, cada vez mais, consideram o mundo um mercado único para decisões de investimento e de consumo. Organizam-se em rede, associando

  • Crescente terciarização da economia;
  • Crescimento do comércio electrónico;
  • Criação de mercados mais transparentes, como o resultado da liberdade de circulação de informação

Nova forma de actuação dos mercados

Decresceu…

  • A importância da indústria e ganharem importância os serviços com desenvolvimento das novas tecnologias da informação e da comunicação e a ligação em rede das diferentes mercados.

Ex: Google

Verificamos assim que a emergência da sociedade de informação e de comunicação possibilitou o aparecimento de novos bens e de novos mercados dotado de regras particulares, criando para o desenvolvimento da Nova Economia.

Nova Economia: representada pelo conjunto das empresas que operam na área das novas tecnologias, exigindo uma formação diferente aos trabalhadores; progressivamente, o trabalho manual é substituído pelo trabalho intelectual. A nova economia contrapõem-se a velha.

Globalização dos mercados

                A construção da globalização proporcionou a progressiva intensificação das relações comerciais e o aparecimento de novas formas de organização do processo produtivo. Com a implementação das empresas transnacionais, verificamos que:

  • Os bens, em resultado da fragmentação do processo produtivo, não são, efectivamente produzidos na totalidade num país, a designação “made in” encobre vários locais de produção e de comercialização muito distante entre si.

As empresas transnacionais continuam a ter uma forte ligação ao país onde foram criadas:

  • Ao nível dos seus trabalhadores, pois uma parte significativa dos trabalhadores e originária do país da transnacional;
  • Do nível dos quadros dirigentes, pois a maioria dos conselhos de administração é constituída por nacionais de países como a Suécia;
  • Ao nível dos capitais, visto que estes provêm maioritariamente do país onde está localizada a sede e os centros de pesquisa localizarem-se nestes países.

 

A transnacionalização da produção

è A empresa transnacional é um todo constituído por várias áreas funcionais (concepção, logística e vendas), as quais estão disseminadas por diferentes estabelecimentos / filiais que exigem diferentes sistemas de trabalho, diferentes qualificações profissionais e pagam remunerações muito diversas.

A gestão deste “mundo”, desta realidade empresarial, é complexa e requer a integração de múltiplos factores como:

  • A formação e a qualificação profissional;
  • A nível de equipamentos nos territórios;
  • Os recursos.

Empresas transnacionais conservem sob o seu comando directo às fases produtivas geradouras de maior valor acrescentado e as outras acabam, por vezes por ser realizadas por empresas subcontratadas. As pequenas e médias empresas passam a produzir para as empresas transnacionais em condições vantajosas.

Empresas transnacionais:

  • Firmas sem nacionalidade
  • Fragmentação do processo produtivo;
  • Deslocação e deslocalização das produções;
  • Comercio interno, cativo ou fechado;
  • Produtos globais;
  • “Made in” Planeta

Mercado monetário: decréscimo das taxas de juro

Mercado financeiro: Maiores fluxos oferecidos por produtos financeiros (acções e obrigações)

 

Globalização Financeira

Financiamento desligado da produção (pois quem investe não participa no processo produtivo, o que mede o seu tempo de permanência como investigador é o valor do lucro obtido)

 

Desenvolvimento das NTIC: ligação em rede das praças / centro financeiro permitindo ao investigador movimentar o seu capital de uma bolsa por a outra.

Esta interligação dos mercados está associado a globalização financeira e ao forte crescimento do poder de finança.

A mobilidade da moeda está também associada às NTIC.

 

Sistema financeiro: qualquer estrutura que tenha como objectivo descrever a circulação do dinheiro.

 

O fenómeno global financeiro possibilitou:

Que os agentes económicos têm de pedir crédito em diferentes mercados; à abolição de obstáculos à circulação da moeda; à interligação dos mercados nacionais e internacionais (mercados monetários e mercados financeiros).

A Globalização Cultural

Cultura: corresponde ao desenvolvimento mental e organizacional das sociedades.

É um todo complexo característico da sociedade, que inclui os conhecimentos, as crenças religiosas, a arte, a moral, os costumes e todas as outras capacidades e hábitos que o Homem adquire enquanto membro da sociedade.

Assim cada cultura apresenta o deu padrão cultural, um conjunto de coincidências do padrões individuais de conduta, manifestadas pelos indivíduos de uma sociedade, que dão ao modo de vida aspectos típicos dessa cultura.

 

Padrões culturais: correspondem ao conjunto de aspectos (regras, vivências, comportamentos, atitudes, etc) características dessa cultura.

                Actualmente, verificamos que o contacto directo e contínuo entre várias culturas provoca mutações em todas elas ou em alguns, operando a redefinição ou a integração de elementos específicos de uma cultura na outra ou vice-versa. A explosão do Big Mac nas sociedades europeias e asiáticas explica-se pelo fenómeno da aculturação- resulta de um processo de aquisição, troca e reinterpretação entre 2 culturas diferentes.

 

Globalização cultural corresponde à:

  • Imposição da cultura americana?
  • Destruição das culturas ocidentais?
  • Homogeneização dos estilos de vida?
  • Difusão do consumismo?

Todos assistimos às mesmas notícias, vemos os mesmos anúncios, comemos as mesmas pizas, vestimos as mesmas marcas e recorremos aos mesmos bancos e seguradoras: a diversificação cedeu lugar à homogeneização.

Aculturação beneficia:

  • As NTIC pois, permitem a aceleração da circulação da informação.

Possibilitam:

  • A sua utilização noutra parte do globo por outro indivíduo.
  • Constrói-se a ideia de que as distâncias entre países desaparecem e que tudo e todos tem acesso ao mesmo: o planeta transforma-se numa aldeia global.
  • Vivemos numa Aldeia Global, um acontecimento simultâneo em que o tempo e o espaço desaparecem.

Apesar da crescente influência das empresas transnacionais e das empresas multinacionais no consumo da população, verificamos que parte dos produtos oferecidos por 

estas empresas sofrem adaptações locais, para respeitar aspectos culturais próprios dessas sociedades.

A aculturação contribui para o progressivo desaparecimento de elementos culturais locais e destruição de formas de sobrevivência autónomas e para o surgimento de novas formas de dependência com o agravamento das condições de vida locais.

A ajuda do PD aos PVD põe em evidência a mudança estilo de vida local.

 

Conceito de Estilo de Vida:

Centra-se nos comportamentos, nas formas de sociabilidade e nas normas e valores que orientam as condutas. São os hábitos, os costumes, os bens e os serviços da América do Norte e da Europa que são utilizados como modelos, contribuindo para a difusão da cultura ocidental e divulgando o estilo de vida ocidental. Este é veiculado através de diferentes consumos culturais: filmes, livros, jogos e músicas.

A Difusão do Consumismo:

Como estilo de vida do Ocidente, pode conduzir a graves problemas ambientais, como a utilização desenfreada dos recursos, tratamentos dos lixos, deterioração dos solos, etc. Paralelamente, poderemos assistir a uma rejeição por parte de outras culturas da globalização cultural ocidental ou, no extremo, da globalização americana de forma conflituosa.

Ex: G8, Fórum Económica Mundial.

Globalização e os países em Desenvolvimento

Polarização das trocas: Os EUA, a EU e o Japão passam a liderar o crescimento real do produto per capita mundial e do comércio mundial de mercadorias.

A supremacia dos países da tríade manifesta-se através:

  • Da capacidade de gerar os seus modelos de produção baseadas na forma própria de organização e qualificação do trabalho;
  • Do urbanismo e da arquitectura, dispondo das principais cidades a nível mundial;
  • Da organização do modo de vida diário, no qual as famílias dispõem de diversos equipamentos domésticos, mas também através dos hábitos de alimentação, da prática de desporto e da cultura.

O domínio da Tríade deu origem à organização do mundo entre centro e periferia isto é, o centro constituído pelos EUA, UE e Japão e a periferia constituída pelos restantes países do planeta. Estes dois mundos participam de forma muito diferente nos mercados mundiais.

Desigualdades:

  • Entre países desenvolvimento e países de grande poder os mesmos padrões de consumo dos países ricos;
  • Nos PD entre grupo sociais; nestes países persistem as desigualdades sociais ou grupos mais desfavorecidos não podem ter os mesmo hábitos de consumo que os grupos privilegiados.

Apesar desta participação reduzida, no conjunto dos países da periferia verificamos que existem diferentes situação quando falamos de integração da periferia do comercio mundial.

Periferias mais integradas

  • Austrália;
  • Nova Zelândia;
  • Rússia (a parte europeia);
  • México (norte a centro);
  • América do Sul (faixa atlântica);
  • O Magrebe;
  • O próximo Oriente Mediterrâneo;
  • China.

Estas regiões e países participam plenamente no processo da mundialização económica.

As políticas da liberalização económica, a abundância do factor trabalho, os baixos custos salariais e o interesse do investimento estrangeiro por estas regiões explicam as elevadas taxas anuais de crescimento do produto.

Menos Integradas (na mundialização são os espaços do Sul)

Países que apresentam grandes atrasos:

  • América do Sul;
  • Golfo da Guiné;
  • África do Sul;
  • Índia.

Os restantes são constituídos pelos países menos desenvolvidos. Os países mais pobres apresentam dificuldades de comunicação, praticam uma exploração intensa dos recursos e detêm nalguns casos parte importante.

Produzem e exportam essencialmente produtos primários

  • Os seus preços crescem de forma menos rápida do que os manufacturados, importados por estes países;
  • Menor procura de produtos primários;
  • Aparecimento de novos produtos mundiais.

Deterioração das termos de troca: impossibilidade de manter o mesmo nível de importações sem recurso à ajuda externa.

Agravada por:

  • Fraca capacidade de investimentos e de atrair investimentos;
  • Reduzida qualificação de factor trabalho;
  • Fracas infraestruturas.

Limita a capacidade de produção e de intervenção em áreas sociais como a saúde e a educação.

A inserção dos PVD no comércio mundial ocorre por via dos produtos de base (produtos provenientes do sector primário).

Os preços dos bens transformados importados por estes países crescem de forma mais rápida do que os produtos exportados por estes países, traduzindo uma deterioração dos termos de troca.

  • Os preços dos produtos manufacturados sobem mais rapidamente do que os produtos provenientes do sector primário;
  • Há uma procura menor proveniente do sector primário;
  • Os elevados subsídios concedidos pelos países do Norte;
  • O aparecimento de novos produtos a nível mundial.

Dívida Externa e Serviço da Dívida

                Os PVD participam de forma desfavorável no comércio externo, o que contribui para acentuar a sua dependência em relação aos PD.

                A fraca capacidade de investimento destes países, a par de reduzida qualificação do factor trabalho, impede-os de progredirem na estrutura do mercado externo, especializando-se em produções mais intensas em capital e utilizadores de trabalho mais qualificado.

  • A falta de capitais e de trabalho qualificado limitam a capacidade de produção do país e condicionam/limitam a cobrança de impostos por parte do Estado. Com reduzidas receitas, o Estado tem uma limitada capacidade de intervenção em áreas sociais como saúde e a educação.
  • Em muitos PVD, os conflitos internos e as deslocações da população provocam a fome e a miséria, acabando a ajuda humanitária por ser o único apoio para as populações;
  • Estes países acabam rapidamente por se tornar dependentes da ajuda externa, demonstrando fraca capacidade de isoladamente resolverem os seus problemas.
  • A irregularidade das exportações e a sua fraca participação nos mercados mundiais tornam-nas muito dependentes dos capitais estrangeiros e da ajuda pública a desenvolvimento.
  • A redução da ajuda pública ao desenvolvimento, são obrigadas a recorrer a ajuda privada; (inferior capital destes países em atraírem o IDE e as elevadas taxas de juro associadas a concentração de crédito nos mercados internacionais limitam o CE e comprometem o desenvolvimento dos países.
  • Os reduzidos recursos naturais, a fraca qualificação do trabalho e as escassas infra-estruturas explicam a pobreza do ID.

Nos anos 70 do século XX, assistimos ao aumento acentuado da dívida dos países do Sul, em resultado da abundância de capitais nos bancos ocidentais na sequência dos depósitos constituídos pelos países do Médio Oriente, devido à subida dos preços do petróleo. Esta tendência do crescente endividamento realiza-se num período de redução das taxas de juros e da forte depreciação da taxa de câmbio do dólar.

Ex: México

Estes países, por pressão do Fundo Monetário Internacional, iniciam um período de progressiva liberalização económica caracterizada:

  • Pela abertura da sua economia ao exterior, baseada na redução dos direitos aduaneiros;
  • Pela privatização de empresas públicas.

Esta situação obrigou os países credores a concederem aos devedores mais tempo para o pagamento da dívida, isto é conduziram ao reescalonamento da dívida.

A dívida externa dos países do Sul continua a crescer, mas a um ritmo mais lento, sobretudo a partir da crise do México, em 1994 e da Argentina em 2000.

A construção da dívida foi realizada de forma diferente para as economias emergentes. O acesso ao mercado de capitais internacionais permitiu-lhes a contracção de empréstimos e a obtenção de investimentos privados, que, em conjunto. Representam três quartos da dívida desses países.

Os países mais pobres, nomeadamente os países da África Subsariana, dependem financeiramente da Ajuda Pública ao Desenvolvimento. Nestes países, o endividamento é, sobretudo, constituído por empresas privadas que beneficiam da garantia do Estado e pelo próprio Estado.

Com excepção da África Subsariana e do Leste Europeu, todas as regiões do mundo exportam capitais para os países do Norte na sequência do elevado endividamento externo que apresentam. Esta situação decorre dos elevados cargos com o serviço da dívida nestas regiões, existindo o problema do serviço da dívida, isto é, os encargos relativos ao pagamento da dívida e dos juros.

O endividamento dos países limita a capacidade de desenvolvimento dos países ao reduzir a intervenção do Estado em áreas socais como a saúde e a educação.

A Regionalização Económica Mundial

A integração consiste na criação de um espaço de liberdade de circulação.

A integração económica provoca melhoria na afectação dos recursos desses países, a busca do pleno emprego dos factores de produção e o crescimento económico e social de cada país.

Formas de integração:

  • Zona de comércio livre;
  • União aduaneira;
  • Mercado comum;
  • União económica;
  • União económica total.

Zona de Comércio Livre

Caracteriza-se pela eliminação dos direitos aduaneiros e das restrições quantitativas nas transacções comerciais de mercadorias entre os países membros, pertencendo a cada país a definição dos direitos aduaneiros e a imposição de restrições quantitativas nas transacções comerciais com países não membros.

União Aduaneira

São eliminados os direitos aduaneiros e as restrições quantitativas que impeçam a livre circulação de mercadorias entre os países membros e é o conjunto destes países que decide as taxas a aplicar nas trocas comerciais com países terceiros.

Mercado Comum

Consiste na constituição de uma união aduaneira de pessoas, capitais, serviços e mercadorias. Este mercado alarga a livre circulação de mercadorias, objectivo da união aduaneira, á circulação de pessoas, capitais e serviços e a organização passa progressivamente, a definir algumas politicas comuns.

União económica

É uma forma de integração mais abrangente do que o mercado comum, pois requer, a par da livre circulação de mercadorias, serviços, capitais e pessoas, a aplicação de políticas económicas comuns.

Integração económica total é a forma mais complexa de integração porque exige a uniformização das políticas económicas e sociais entre os países membros.

Integração informal: resulta do incremento das trocas entre países da mesma região ou países vizinhos.

A globalização provocou o aparecimento de novos actores não estaduais e evidenciou a acção dos mercados financeiros na mobilidade dos capitais. A emergência destes actores ocorre em simultâneo com a perda de poder do Estado. Os novos actores parecem ter reduzido o poder do Estado através do seu contributo para o desaparecimento dos espaços devidamente delimitados e protegidos. 

O Estado procedeu também à desregulamentação de actividades, contribuindo para a maior mobilidade, por exemplo, dos capitais. O Estado foi, progressivamente, entrando em crise de eficiência e de legitimidade.

Regulamentação da economia mundial. ONU, OMC e G8

                A globalização, com a maior mobilidade dos factores de produção, originou fenómenos como a fragmentação do processo produtivo à escala do planeta, a deslocalização das produções, a migração de trabalhadores e a construção de mercados e de marcas globais. Todos estes fenómenos têm contribuído para a redução da capacidade de intervenção do Estado na definição de regras e na capacidade de as implantar com sucesso. É importante encontrar novas formas de regulamentar o funcionamento da economia mundial e para tal deve incidir-se sobre três dos principais mecanismos da economia actual:

  • A importância do capital financeiro e da finança internacional;
  • A dominação da lógica mercantil;
  • O processo de globalização desigual.

Não existindo esta repartição dos resultados da produção entre trabalho e capital e uma tão nítida intervenção do Estado, torna-se necessário proceder à regulamentação da participação do capital financeiro.

Medidas para impedir o aparecimento de crise financeira:

  • Reduzir o crédito especulativo;
  • Melhorar o controlo /fiscalização dentro das instituições bancárias;
  • Acabar com os paraísos fiscais;
  • Reformas as entidades fiscalizadoras.

 

As finanças internacionais, em busca do lucro, são incapazes de financiar o desenvolvimento dos PVD. A solução para o problema destes países passa pela adopção das seguintes medidas:

  • A anulação da dívida dos países mais pobres e altamente endividados;
  • Reforço da ajuda pública ao desenvolvimento;
  • Instituição de um regime fiscal global.

É necessário encontrar formas de tornar a aplicação da ajuda ao desenvolvimento mais rentável/úteis do que as actuais.

Os acordos negociados no âmbito da Organização Mundial do Comércio limitam a transferência de tecnologia, através do reconhecimento do direito de propriedade intelectual, o que provoca a exclusão doa países de periferia destes benefícios.

No entanto a informação e o conhecimento apresentam características particulares, como o impacto positivo que a descoberta de uma nova técnica tem sobre a sociedade, através das múltiplas aplicações proporcionadas pela mesma. Assim, a informação e o conhecimento são bens públicos globais e, como tal, a rentabilidade privada da produção de conhecimento é inferior à rentabilidade social, existe uma externalidade positiva.

A globalização, agrava as desigualdades entre países e entre indivíduos. As exigências de rentabilidade das empresas aumentam os problemas ambientais. É indispensável encontrar uma via alternativa à globalização.

A comunidade internacional dispõe de alguns instrumentos de regulação da economia mundial:

  • O GATT/OMC, a Organização Mundial do Comércio: criada em 1993, a partir do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, tendo como principal objectivo definir as regras do comércio mundial, baseado na melhor utilização dos recursos, e contribuindo para a melhoria do nível de vida das populações;
  • O Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial: o FMI apoia os países com dificuldades em pagamento internacionais, mediante a concessão directa de créditos de curto prazo ou fornecendo as garantias para a obtenção de financiamento junto de outros organismos internacionais. O FMI concede ajuda aos países, mediante a aplicação por parte destes de programas de ajustamento estrutural.
  • Sistema Monetário Internacional: procura garantir a coordenação das políticas nacionais no mercado internacional, proporcionando os pagamentos internacionais.

Barreiras não tarifárias

                Os Estados podem aplicar medidas que dificultem ou impeçam acesso dos produtos, obtidos em outros países, aos seus mercados: politicas proteccionistas. Estas podem ser concretizadas através de medidas tarifárias ou medidas não tarifárias.

Os países a fim de garantirem a protecção do seu mercado, aplicam medidas não tarifárias que passam:

  • Pela exigência em termos de qualidade do produto;
  • Condições de produção (ex: sem recurso a trabalho infantil);
  • Percentagens mínimas de valor acrescentado nacional;
  • Complexidade dos processos de importação ou de rotulagem.

Os produtos oriundos dos PVD, para terem livre acesso ao Mercado da União, têm de acrescentar a maior parte do valor do produto de exportação, imposição definida através da regra da origem. Na prática, esta regra, que parece contribuir para o aumento das exportações dos PVD, acaba por limitar o acesso ao mercado através da imposição de percentagens mínimas de incorporação nacional nos produtos destinados dos países da UE.

Os PDV impõem tarifas mais elevadas aos restantes PD.

Regionalização Económica e Comercial

Regionalização económica: representa o processo comercial, fiananceiro, monetário e cultural de aproximação entre Estados-nações. Este processo tem por objectivo aproximar o nível de vida das populações, as suas orientações e interesses.

Regionalização económica: corresponde à defesa dos interesses de um espaço.